Polícia cumpre quatro mandados de prisão de envolvidos em ataque que matou PF

Leo Moura
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Quatro homens suspeitos de envolvimento no ataque ao bairro de Valéria que resultou na morte do policial federal Lucas Caribé, em 15 de setembro, foram presos nesta quarta-feira (29). Os homens já estavam cumprindo pena no Complexo Penitenciário da Mata Escura por outros crimes. Havia mais quatro mandados de prisão temporária para serem cumpridos, mas dois suspeitos morreram em confronto e outros dois conseguiram fugir.

A Operação Temporal começou com o sol nascendo. Por volta das 5h, cerca de 100 policiais federais, civis e militares saíram para cumprir 12 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão em bairros de Salvador e municípios da Região Metropolitana. Foram apreendidos aparelhos celulares e duas armas. Todos os presos fazem parte da mesma facção criminosa.

Ocorreram dois confrontos. Em Abrantes, na cidade de Camaçari, a polícia pretendia prender Pablio Henrique Barbosa Almeida, 25 anos. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), ele estava em um condomínio e atirou contras as equipes da Polícia Federal e da Polícia Civil, houve revide e o suspeito foi baleado. Ele foi socorrido para o Hospital Menandro de Faria, mas não resistiu.

A polícia informou que Pablio era ‘puxador de bondes’. Na prática, ele liderava o grupo durante os ataques em Valéria e outras regiões do Subúrbio Ferroviário. Pablio era conhecido como ‘Emílio Gaviria’, apelido dado em referência ao traficante colombiano Pablo Escobar, tinha passagens por porte ilegal de arma e foi denunciado pelo Ministério Público por tráfico de drogas e associação criminosa.

Pablio era natural de Aracaju (SE) e não era discreto, ele ostentava fotos com fuzil e submetralhadora nas redes sociais. Depois do confronto, os policiais apreenderam um revólver calibre 38, munições e celulares usados para organizar ataques e na distribuição de armas e drogas. O segundo morto não teve o nome divulgado, mas o subcomandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), major Luiz Henrique, contou que ele estava no bairro de Paripe.

“O grupo tático chegou juntamente com o pessoal da Polícia Federal para fazer o cumprimento do mandado. Ele estava em uma residência, mas quando o grupo entrou foi recebido com disparos de arma de fogo, e revidou. Após o fim da situação, ele estava baleado, foi socorrido para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiu aos ferimentos”, contou.

Os policiais encontraram uma pistola com o suspeito. O homem era conhecido por ocupar um cargo de comando dentro da facção criminosa. Segundo a polícia, ele participou da logística do resgate dos criminosos após o confronto que vitimou Lucas Caribé, e existe a suspeita de que ele tenha participado também do ataque contra os policiais.

Prisões

Além dos dois mortos, as equipes conseguiram cumprir quatro mandados de prisão. Os homens já estavam presos, por outros crimes, e agora vão responder também pelo ataque em Valéria. Os nomes não foram divulgados, mas a polícia informou que três deles já estavam presos na época do crime, o que sugere que a ordem para executar o ataque partiu de dentro do presídio. O delegado da Polícia Federal, Marcelo Siqueira, esclareceu.

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